Por Anderson Paz
Richard Dawkins (talvez o mais destacado militante do
ateísmo na atualidade), apesar de considerar a fé em Deus um absurdo, não nega
a existência de Jesus como personagem histórico, e recentemente fez a seguinte
declaração: “Jesus foi um grande mestre moral. [...] Uma pessoa tão inteligente
como Jesus teria sido ateu se soubesse o que sabemos hoje”.
Certamente, quem faz tal afirmação acerca de Jesus, ou
desconhece suas declarações acerca de si mesmo, ou intencionalmente as descarta
para fazer um discurso mais aceitável aos ouvintes.
Ao ler a declaração de Dawkins, lembrei de uma conhecida
observação feita por C. S. Lewis, em seu livro Cristianismo
Puro e Simples. Acredito que seja oportuno reproduzi-la aqui,
pois consiste numa boa resposta à Dawkins. Poderíamos imaginar essa conversa.
“Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus”. Essa é a unica coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido – ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la”.