"Um blog que discorre sobre cristianismo, apologética, cinema e outros assuntos desinteressantes..."



sábado, 24 de dezembro de 2011

Sessão Cinema - Missão: Impossível 3


(Mission: Impossíble 3, J.J. Abrams, 2006)

Mantendo o padrão da franquia, este terceiro filme é comandado pelo novo nerd de Hollywood J.J. Abrams (que em 2011 lançou Super 8, filme que ainda não vi).

Talvez espelhando-se no plot de M:I-2, Abrams e sua trupe de roteiristas (Roberto Orci e Alex Kurtzman que, como Abrams, vieram de séries de TV como Lost) colocam o agente Ethan Hunt prestes a se casar com a bela Michelle Monaghan, só que ainda não revelou à sua amada o seu verdadeiro ganha-pão num lance meio True Lies. Contudo o dever o chama: ao resgatar uma agente capturada, Ethan bate de frente com um vilão casca grossa (Phillip Seymor Hoffman) que pode ou não estar sendo ajudado por agentes renegados do IMF.

Mantendo as seqüências de ação no mesmo patamar dos filmes anteriores, mas sem o balé de John Woo no segundo filme, Abrams promove uma nova e estonteante montanha russa só que mais seca e violenta, tudo explodindo em som digital para desespero dos ouvidos das esposas de caras fãs de cinema deste tipo, como eu. Contudo, Abrams e sua equipe de roteiristas correm tanto, mas taaaaaanto com a ação, que chega a determinado ponto que o desenvolvimento da trama é esmagado por causa das longas (e muitas) cenas de ação. Parece que O Senhor dos Anéis fez escola e discípulos: desde o longíquo 2001 percebo que os filmes de ação precisam de seqüências de ação não apenas extremamente elaboradas, mas também em maior número e longas. Resultado: com a duração cravada em 126 minutos, você chega aos 100 minutos já arregaçado de tanta ação, mas a história mesmo andou bem pouco e restando menos de meia hora pra acabar, o filme corre ainda mais, acabando de forma um pouco abrupta não respondendo algumas questões que a própria trama levanta. Soma-se a isso a insistência do Abrams e equipe em promover momentos engraçadinhos com o side kick da vez (interpretado aqui por Simon Pegg) e, principalmente, com um momento cheesy que quase estraga uma cena particularmente tensa no final.

Mas quer saber? Tudo isso é preciosismo da minha parte. O fato é que a série Missão Impossível nunca foi 100% perfeita e exigir perfeição deste que é o primeiro filme dirigido pelo J.J. Abrams é um pouco demais. Se bem que um nerd de responsa pensaria nesses pontos que levantei antes de tocar o projeto... Ou não...

(revisto em .mkv 720p)

4/5

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sessão Cinema: Missão: Impossível 2


(Mission: Impossible 2, John Woo, EUA, 2000)

Sai DePalma, entra John Woo, o mestre dos filmes de ação importado de Hong Kong. Estiloso como só ele (como DePalma também é), Woo orquestra uma montanha russa alucinante com direito a todas as cenas de ação forçadas que o público merece (e deveria apreciar mais) ao som da batida rockeira da trilha sonora do quase onipresente Hans Zimmer.

A pegada de Hitchcock continua aqui com um McGuffin extremamente apropriado utilizado como pano de fundo para a trama onde o super agente Ethan Hunt (Tom Cruise) recruta uma ladra (Thandie Newton) para ajuda-lo a pegar um agente renegado da IMF contudo acaba se envolvendo com a garota o que, óbvio, vai complicar tudo mais pra diante. Apesar de empregar toda a sua técnica, Woo dá mais espaço para a história dos dois pombinhos se desenrolarem, o que pode gerar um link maior com o expectador do que o primeiro filme – que em termos de história, é extremamente frio e distante (característica do DePalma que, como cediço, não está nem aí para desenvolvimento de personagens ou história).

Totalmente diferente do filme anterior, M:I-2 acaba se tornando uma adição fabulosa à série, não necessariamente sendo melhor que a obra do DePalma, tampouco se mostrando inferior, apenas diferente e, mesmo assim, parte do mesmo universo.

(revisto em DVD)

4/5

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sessão Cinema - Missão: Impossível

(Mission: Impossible, Brian De Palma, 1996)


Alfred Hitchcock assinaria tranqüilo as duas melhores seqüências deste filmaço: a invasão do QG da CIA e a seqüência final no túnel.

Às vésperas do lançamento do quarto filme da série, foi oportuno rever este excelente filme de espionagem bem típico dos primeiros Bond’s dos anos 60 resgatando um pouco daquele clima e meio antagônico ao que a platéia dos anos 90 estava acostumada (a platéia da década presente então nem se fala). Dirigido com a maestria habitual por De Palma, é um prato cheio para aqueles que curtem estilo. Para aqueles que curtem o desenvolvimento narrativo o filme tem vários tropeços, como, também, é habitual de De Palma que sempre preferiu construir algo de sensorial com sua filmografia do que necessariamente contar uma história no sentido clássico. Contudo, após anos sem ver o filme, confesso que esta revisada me deixou animado, pois o filme não me pareceu tão indecifrável quanto das outras vezes e fluiu muito bem, passando bem rápido. Aliás, achei até bem mastigado. Outro ponto de destaque aqui, sem dúvida, é o casting espetacular reunido pelo diretor o que dá ao filme um ar mais nobre que certamente não existiria com a ausência de feras como Vanessa Redgrave, Henry Czerny, Emmanuele Beart, Kristin Scott-Thomas e Jon Voight. 

(revisto em mkv 720p)

4/5