"Um blog que discorre sobre cristianismo, apologética, cinema e outros assuntos desinteressantes..."



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Top Steven Spielberg


Aproveitando que o mestre está em cartaz atualmente com dois filmes ("As Aventuras de Tintin" e "Cavalo de Guerra") compartilho o rank dos filmes dele que vi em ordem de preferência:

01. Encurralado (1971)
02. Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
03. Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)
04. Guerra dos Mundos (2005)
05. A.I. - Inteligência Artificial (2001)
06. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)
07. Tubarão (1975)
08. Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)
09. Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)
10. E.T. O Extraterrestre (1982)
11. Minority Report (2002)
12. O Resgate do Soldado Ryan (1998)
13. O Mundo Perdido - Jurassic Park (1997)
14. Parque dos Dinossauros (1993)
15. Além da Eternidade (1989)
16. Prenda-me Se For Capaz (2003)
17. Cavalo de Guerra (2011)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cinema 2012: Cavalo de Guerra

(War Horse, Steven Spielberg, EUA/ING, 2011)

"Está mais para Sessão da Tarde, bem típico para você colocar seu filho de 3 anos para assistir e isso não é bem um elogio"

Essas palavras não saíram de um crítico enfurecido com a nova empreitada do mestre Spielberg depois de 3 anos de seu último filme (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal) mas da minha esposa quando subiram os créditos.

A princípio, quando Spielberg anunciou o projeto pensei "caramba, o cara agora vai fazer 'Corcel Negro 3'?" Mas daí vieram mais informações, de que o filme se passaria durante a I Guerra Mundial (pouco abordada no cinema), que abordaria uma perspectiva inusitada, ou seja, veríamos todos os acontecimentos pelo olhar do cavalo e aí pensei "bom, vamos ver o que o Spielberg vai fazer com isso". Excelentes filmes saíram de premissas manjadas. Por outro lado, premissas manjadas já geraram filmes manjados e sonolentos.

E esse é quase o caso de Cavalo de Guerra. Não consegui ver razão para Spielberg fazer este filme. Em muitos momentos parece um plágio do que Spielberg é capaz de fazer, fiquei procurando aquele diretor que nos deu E.T. - O Extraterrestre e Contatos Imediatos do Terceiro Grau para ficar apenas nos filmes "família". Ressalto aqui que não há ressalvas quanto à parte técnica que é impecável, com direito a um alaranjado na cena final que lembra E O Vento Levou. Falo plágio porque Spielberg parece que não consegue fazer drama aqui sem apelar, embora já o tenha feito de forma sublime (como no subestimado A.I. Inteligência Artificial). E mais, seu otimismo costumeiro (que em si mesmo não é ruim, diga-se) é intensificado aqui de forma quase horripilante onde as desventuras vividas pelo cavalo nunca provocam aquela sensação de perigo e veja que o filme se passa no meio da I Guerra! E pra piorar, tudo dá incrivelmente certo! Assim, quando o cavalo é submetido a um exercício de sofrimento extasiante ao carregar um canhão alemão junto com outros cavalos, você já sabe que ele vai superar essa porque lá no começo do filme vemos o protagonista superando o desafio de arar um solo extremamente difícil, não sendo um cavalo apropriado para tanto.

Mas não é só! O cara não se decide se faz um filme de guerra com cavalo ou se faz um filme light com a guerra como pano de fundo. Essa indecisão compromete cenas que per si, tinham que ser brutais, mas que Spielberg, preservando seu público, o priva de contemplar os horrores da guerra. Personagens importantes morrem off screen, creio apenas para evitar chocar uma platéia mais jovem a quem o filme seria supostamente destinado. 

Não que o filme seja arrastado ou coisa do tipo. A bem da verdade, Spielberg mantém o ritmo constante durante os 146 minutos de duração, mas é impressiona o quanto este filme é genérico e no pior sentido. É como se Spielberg estivesse se auto parodiando sem precisar disso. E estranha ainda mais o filme ter sido indicado ao Oscar este ano, talvez seja só para manter a tradição "um filme de Steven Spielberg" dentro da lista dos premiáveis.

Por outro lado, o diretor se esbalda na plástica de seu filme e entrega aquela imagem grandiosa que estamos todos acostumados a esperar dele. Ficou apenas faltando entregar aquele "algo mais".

De todos os filmes do diretor que já assisti, sem dúvida alguma é o mais fraco, ainda que não totalmente ruim. Talvez quem sabe quando o Daniel Jr tiver 3 anos o filme tenha alguma utilidade... 

3/5 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A banalização da liberdade em Cristo

Por Vitor Hugo da Silva


“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl. 5: 1)

É desta forma que Paulo inicia o capítulo cinco de sua carta aos Gálatas. Durante toda esta carta, o apóstolo reprova a atitude dos cristãos da Galácia, que agora, estavam se deixando envolver novamente pela observância das leis mosaicas. Paulo dentro do contexto deste escrito estava querendo dizer assim: “Vocês foram chamados por Cristo para viverem libertos da lei mosaica!”. Ou seja, Cristo nos libertou da lei e de sua maldição (Gl. 3: 13).

Dentro de todo o contexto neo-testamentário, veremos que a liberdade que Cristo nos outorgou no calvário, está muito além da lei mosaica. Vemos que Cristo nos libertou da segunda morte (Jo. 5: 25; 6: 51; 11: 25,26); libertou-nos de nossas próprias pretensões, para vivermos a Sua vontade (Gl. 5: 16 e 25; Rm. 8: 14); libertou-nos de nosso egocentrismo (Mt. 16: 24); libertou-nos de nossa antiga maneira de viver (I Pd. 2; 1; Tt. 3: 1-7). Cristo também nos libertou da culpa de nossos pecados e deste mundo perverso (Gl. 1: 4).

Boa parte dos cristãos ainda não assimilaram esta liberdade, com isto, muitos têm atribuído uma liberdade terrena, social, e humana, a liberdade divina de Cristo. Uma massa de evangélicos cristãos tem atribuído a sua ida às praias no fim de semana a liberdade de Cristo. Outra parcela tem considerado que o consumo de álcool moderado também faz parte da liberdade de Cristo. Esta liberdade tem sido aceita e entendida de uma maneira totalmente contrária as Escrituras. Ora, Cristo não morreu na cruz para que eu tivesse a liberdade de ir à praia. Eu vou à praia se eu quiser, com Cristo ou sem Cristo. Jesus não se entregou no calvário para que eu pudesse beber uma lata de cerveja tranquilamente, pois eu bebo com Cristo ou sem Cristo. O apóstolo Paulo comentou acerca desta liberdade cotidiana escrevendo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm” (I Co. 6: 12). A liberdade de Cristo tem sido banalizada, vulgarizada, e diminuída em sua essência. Não devemos nos esconder atrás desta liberdade para justificar as nossas atitudes, pois muita das vezes a nossa conduta não possui qualquer ligação com a liberdade que emana da cruz do calvário por Cristo Jesus.

Talvez seja por isto que temos visto um crescimento abusivo de outros evangelhos, como é o caso do evangelho da prosperidade. Muitos têm atribuído todo tipo de atitude a liberdade de Cristo. Por parte dos cantores, vemos os metaleiros, funkeiros, e pagodeiros de Cristo, e adivinhe; ser metaleiro, funkeiro, e pagodeiro, faz parte do pacote da tal “liberdade” para muitos.

Devemos ter muito cuidado quando atribuirmos as nossas atitudes e condutas a liberdade de Cristo. Talvez, nem seja uma liberdade que alguns possam estar experimentando, mas sim, um desencargo da consciência (Não há nada melhor do que não se sentir culpado) com uma pitada de libertinagem.

Faço uso das palavras do pastor John Piper em uma de suas ministrações: “Eu temo que seja destas coisas, que nossas igrejas estejam cheias”

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Você é "gospel" ou cristão?

 Por Thiago Ibrahim

Você sabe a diferença entre ser gospel e ser cristão?

A expressão gospel (que em inglês significa evangelho) está na moda no Brasil. Faz parte da identidade que muitos evangélicos assumiram e assinam embaixo. Mas será que ser gospel significa mesmo ser cristão ( que quer dizer aquele que é de Cristo)?

Esse termo faz parte de uma enxurrada de outros termos americanos que invadiram nossas igrejas e nossa teologia, e fizeram com que perdêssemos muito da nossa essência. Você pode achar que essa é apenas uma discussão semântica, mas te convido a continuar lendo, pra perceber a diferença entre os dois.

Abaixo, querido leitor, elenquei a diferença de compreensão do evangelho e da vida por parte do ensinamento gospel e do ensinamento reformado cristão. Acompanhe:

O gospel alcança o favor do Rei para possuir a terra;
O cristão busca a justiça do Reino e confia na provisão.
O gospel decreta/profetiza a vitória e busca o novo de Deus;
O cristão suporta as provações confiando que o Deus de sempre nunca o abandonará.
O gospel vive rompendo em fé e movendo o sobrenatural a seu favor;
O cristão alcança por meio da fé (dada por Deus) a salvação de sua alma e espera ser feita a vontade de Deus.
O gospel enxerga a Bíblia como um amuleto que o livrará de todos os males da vida (se aberta em Salmos 91, é claro);
O cristão tem a Bíblia como a única regra de fé e prática.
O gospel é dizimista;
O cristão é generoso.
O gospel jejua para chamar a atenção de Deus;
O cristão jejua como forma de servir e se humilhar.
O gospel defende o que o pastor dele fala;
O cristão defende aquilo que diz a Bíblia.
O gospel gosta de modinha;
O cristão mantém os valores do Reino.
O gospel acha que é filho do Rei, por isso merece o melhor;
O cristão o sabe que é um pecador e que o que tem é fruto da Graça.
O gospel busca no evangelho satisfazer seus interesses e ser abençoado;
O cristão abençoa o seu próximo e está pronto a abrir mão do seu próprio interesse em favor do irmão.
O gospel limpa o pé pra pisar no “altar” da “casa de Deus”.
O cristão faz de todo lugar um altar e de sua vida um sacrifício pra Deus.
O gospel almeja pisar na cabeça de seus inimigos;
O cristão dá a oferece a outra face perdoando e amando aos que lhe fazem mal.
O gospel busca o Reino de Deus e a sua justiça, pois assim receberá todas as coisas;
O cristão busca o Reino de Deus e a sua justiça confiando na provisão diária.
O gospel busca a Deus e espera receber;
O cristão busca a Deus e está pronto a servir.
O gospel suporta o irmão por causa do culto;
O cristão suporta o culto por causa do irmão.

E você, o que tem sido: GOSPEL ou um simples CRISTÃO? Pense nisso!