"Um blog que discorre sobre cristianismo, apologética, cinema e outros assuntos desinteressantes..."



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Crente Pré-Pago

E se crente fosse celular...

CRENTE PRÉ-PAGO: só continua sendo crente se estiver sendo abençoado.

CRENTE TIM: é um crente sem fronteiras, não se importa com os limites estabelecidos para céu e inferno, geralmente, anda a beira do abismo e está com um pé na graça e outro no mundo.

CRENTE VIVO: é o crente de carne e osso, geralmente tem muito mais carne, e é tão vivo que está em todas, desde cultos a baladas.

CRENTE CLARO: é o crente que compartilha cada momento, compartilha todas as bênçãos, se comprou um carro, mesmo que 100% financiado, já posta a foto da “benção” no Facebook, esse crente não gosta de ser provado, então, quando a prova chega ele já avisa todo mundo e pede oração.

CRENTE OI: é o crente sem fidelidade, é o crente sem compromisso, não tem compromisso com sua denominação, doutrinas e nem mesmo com Cristo, por qualquer motivo ele faz portabilidade e migra para outra igreja.

CRENTE CONTROLE: que é aquele que já sabe quanto tempo vai gastar por mês se dedicando a sua vida espiritual, o tempo varia de acordo com a denominação, pois, cada uma tem um tempo de culto, geralmente, o fulano só vai à igreja uma vez por semana, domingos por exemplo.

CRENTE INFINITY: que é aquele que quer se aplicar pouco no início e depois ter benefícios ilimitados pra ficar a vontade o tempo que quiser.

CRENTE-ON: que é aquele quer ter benefícios exclusivos à sua disposição, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, desde que isso não lhe custe nada.

CRENTE MEU JEITO: é aquele que serve a Deus como bem entende, vai na igreja quando quer, não liga para o que se ensina na igreja e diz que tem uma religiosidade independente de religiões.

CRENTE DIA: é mais crente durante o dia, geralmente tem bom testemunho no trabalho, mas a noite cai na farra.

CRENTE NOITE: é mais crente durante a noite, geralmente, durante os cultos, de dia faz fofoca, cobiça a mulher/homem alheio, fornica, adultera, mente, etc.

CRENTE ESCOLHA: é o crente que vive na dúvida entre ir para a igreja ou fazer outras atividades (ir numa festa, ver a novela, assistir o jogo de futebol, etc).

CRENTE ROAMING: tem dificuldades nas áreas que não são de sua cobertura, geralmente, só atua apenas nos limites dos muros da igreja.

CRENTE SEM SINAL: está sempre indisponível para qualquer atividade espiritual, ele sequer capta os ensinamentos passados em cima do púlpito.

CRENTE DESBLOQUEADO: é o crente de cabeça fraca e que está aberto a tudo, inclusive, pecar sem se culpar.

CRENTE BLOQUEADO: é o crente de cabeça fechada, somente sua igreja está certa, somente seus ministros pregam a verdade, eles jamais visita outras denominações.

E para finalizar, existe o CRENTE SEM CRÉDITO, não aplica nadinha, mas espera que sempre continue a receber, por conta disso, recebe o apelido de pai de santo.


Seja um CRENTE PÓS PAGO, ou seja, e não espere nada nesta vida, almeje ser galardoado quando Jesus voltar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sessão Cinema: Snatch - Porcos e Diamantes

(Snatch de Guy Ritchie, ING, 2000)  

Este é um daqueles filmes que enganam (muito) bem. Quem o vê pela primeira vez sem ter na bagagem dezenas e dezenas de filmes dos mais variados tipos, certamente vai acha-lo a coisa mais criativa desde... sei lá, desde que inventaram (se é que inventaram) a criatividade.

E eu, quando o vi pela primeira vez há mais de 10 anos tive a mesma impressão... “Guy Ritchie, esse cara vai chutar bundas”. Mas o tempo passou, Ritchie se casou com Madonna (e se separou depois) e só sei que ele emplacou um sucesso financeiro esses tempos com Sherlock Holmes (o qual eu não vi... ainda). E aí me deparo com o Blu-Ray deste aqui e a oportunidade de revê-lo, uma década depois.

E é impressionante como o tempo faz “estragos”, digamos... Fora o virtuosismo técnico e super-cool do diretor em narrar e montar seu filme, não sobra muita coisa sobre um bando de machos correndo atrás de um diamante de 84 quilates. E lá pelas tantas, Ritchie enfia uma espécie de revenge flick para terminar seu filme de uma forma que soasse mais palatável para o grande público e que resolvesse os arcos de determinados personagens.

Jason Statham, antes de se tornar o marombado herói dos filmes de ação da última década, é o fio condutor da história aqui. Ainda bem que o cara tem carisma e presença e graças a ele, a coisa não fica enfadonha, aliás, é pelas sacadas de sua narração, que o filme ganha certo relevo e interesse, ficando acima da média.

Mas no final mesmo, fica a impressão de que Snatch é de fato um exercício de estilo. Sim, um senhor exercício de estilo porque Ritchie parece entender do riscado, mas fica apenas nisso. Coisa pra adolescente de 16 anos ver e achar o máximo (o filme e ele mesmo por te-lo assistido). Com caras com mais de 30, o resultado será um bocado diferente... bom, pelo menos para aqueles que não ficaram com o cinema de Ritchie e de outros tantos cineastas “ishpertos” como referencia única do bom cinema.

É... filmes bons nem sempre precisam de arrombos de estética e edição.

4/5

(revisto em Blu-Ray)