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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sessão Cinema: Snatch - Porcos e Diamantes

(Snatch de Guy Ritchie, ING, 2000)  

Este é um daqueles filmes que enganam (muito) bem. Quem o vê pela primeira vez sem ter na bagagem dezenas e dezenas de filmes dos mais variados tipos, certamente vai acha-lo a coisa mais criativa desde... sei lá, desde que inventaram (se é que inventaram) a criatividade.

E eu, quando o vi pela primeira vez há mais de 10 anos tive a mesma impressão... “Guy Ritchie, esse cara vai chutar bundas”. Mas o tempo passou, Ritchie se casou com Madonna (e se separou depois) e só sei que ele emplacou um sucesso financeiro esses tempos com Sherlock Holmes (o qual eu não vi... ainda). E aí me deparo com o Blu-Ray deste aqui e a oportunidade de revê-lo, uma década depois.

E é impressionante como o tempo faz “estragos”, digamos... Fora o virtuosismo técnico e super-cool do diretor em narrar e montar seu filme, não sobra muita coisa sobre um bando de machos correndo atrás de um diamante de 84 quilates. E lá pelas tantas, Ritchie enfia uma espécie de revenge flick para terminar seu filme de uma forma que soasse mais palatável para o grande público e que resolvesse os arcos de determinados personagens.

Jason Statham, antes de se tornar o marombado herói dos filmes de ação da última década, é o fio condutor da história aqui. Ainda bem que o cara tem carisma e presença e graças a ele, a coisa não fica enfadonha, aliás, é pelas sacadas de sua narração, que o filme ganha certo relevo e interesse, ficando acima da média.

Mas no final mesmo, fica a impressão de que Snatch é de fato um exercício de estilo. Sim, um senhor exercício de estilo porque Ritchie parece entender do riscado, mas fica apenas nisso. Coisa pra adolescente de 16 anos ver e achar o máximo (o filme e ele mesmo por te-lo assistido). Com caras com mais de 30, o resultado será um bocado diferente... bom, pelo menos para aqueles que não ficaram com o cinema de Ritchie e de outros tantos cineastas “ishpertos” como referencia única do bom cinema.

É... filmes bons nem sempre precisam de arrombos de estética e edição.

4/5

(revisto em Blu-Ray)

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