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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nos cinemas: Capitão América

(Captain America, Joe Johnston, EUA, 2011)

É melhor que Thor no geral - inclusive no que se refere ao personagem principal e o ator que o interpreta, contudo, padece, como Thor, do fator "fast food" que apontei quando vi o filme do Kenneth Branagh. Sim, o visual retrô é ótimo; sim, é um filme novo com aparência de velho; sim, é a antítese, em partes, do blockbuster burro perpetrado por manés como Michael Bay e cia.; sim, Johnston entendeu a proposta de fazer um filme à moda antiga e nos privou de exposições dispensáveis de CGI em alguns momentos, como por exemplo, na transformação do magrelo Steve Rogers no bombado Steve Rogers - um diretor clipeiro certamente meteria um zoom na câmera e entraria nos músculos do herói mostrando a transformação do mesmo.

Porém, mesmo com esses predicados, o filme parece ter sido feito sob medida para ser apenas um set up de Os Vingadores - e o teaser após os créditos finais reforça essa impressão. Fica o gosto de que esses filmes como Thor, Capitão América, entre outros, são aperitivos para o prato principal. Já disse antes e repito: não gosto desse tipo de coisa. Filmes devem ser independentes, autônomos e não concebidos com o propósito de deixar pontas soltas para um projeto maior.

Tommy Lee Jones rouba a cena assim como Hugo Weaving, o camaleão que, a cada novo personagem que interpreta, se transforma. Cris Evans está bem no papel do protagonista, mas questiono se era mesmo o cara certo para o trampo. Enfim, mesmo com predicados dignos de nota, voltei para casa com o gosto e as consequências do Big Mac: sabor que leva ao êxtase, te deixa inflado e sua conta bancária mais triste. Depois, fica apenas o rombo na carteira causado pelo preço absurdo do ingresso. O gosto do Big Mac já ficou no passado, sendo substituído pelos prazeres de um alimento mais nutritivo e saudável.

3/5

2 comentários:

  1. vc não disse que foi muito ............. horrivel (?) o mocinho ficar andando com aquela fantasia de super heroi...essa foi a pior parte......

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  2. Na verdade essa foi a MELHOR parte... Mostra o quão patética (e ufanista) é a atitude do governo em fantasiar o cara para servir de ânimo pros combatentes. Nesse sentido, a alcunha "Capitão América" não é um nome auto-dado, mas sim imputado a ele como garoto propaganda dos EUA na 2GG. Brilhante.

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