Spielberg
se recupera, pelo menos em parte, daquela coisa quase pavorosa chamada Cavalo de Guerra.
Contudo,
Lincoln é verborrágico ao extremo, tratando mais de um período específico da
vida do célebre presidente (o fim da guerra civil e abolição da escravatura) do
que de sua vida como um todo e se entrega sem parcimônia à disputas políticas e
intrigas palacianas. É mais um “tributo”
à História do que um “filme”, propriamente dito. Para quem gosta de História
como eu, o filme vai empolgar e ser uma ótima experiência. Para os que não,
será uma experiência torturante e quase infinita de 153 minutos.
Neste
ponto, acho que Spielberg ainda precisa voltar à sua boa forma, já que parece
ter feito um filme de nicho específico, não dialogando com o público como um
todo.
Mas mesmo assim, o filme acaba se revelando bastante interessante e curioso ao mostrar o presidente que é um ídolo de toda uma nação utilizando-se de expedientes pouco ortodoxos para conseguir o que quer. Não é sempre que se retrata um herói imaculado tomando decisões questionáveis, como, por exemplo, optar por seguir com uma guerra insana porque a manutenção da mesma é necessária para se obter algo que ele pretende.
Apesar
de gostar do filme, não sinto que seja o caso para 12 indicações ao Oscar... Se
bem que sendo um discurso a favor do super-mega-idolatrado Abraham Lincoln, o
coração patriota dos membros da Academia parece ter sido tocado... Enfim, tá
tudo em casa...
4/5
Nenhum comentário:
Postar um comentário