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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

[APOLOGÉTICA] O teísmo aberto e o seu deus limitado


Pieter Brueghel, A Parábola dos Cegos, 1568


Por Fernando Galli

Como explicar que Deus criou Adão e Eva e eles pecaram? Deus não sabia? Como pode Deus, sendo Todo-Poderoso, permitir tantos males ocorrendo na história da humanidade? Como admitir a ideia de um inferno de fogo se Deus é amor? Seus problemas acabaram! Com vocês, o falso deus do teísmo aberto.

Para o teísta aberto, crença definida também como teologia relacional, Deus, ao criar a realidade das coisas e seres criados, se autolimita e passa a construir a história junto com suas criaturas. Assim, ele embora saiba de tudo, ou seja, de todas as possibilidades do futuro, não sabe qual será a escolha que cada um tomará. É um deus que vai à locadora, assiste ao filme do começo ao fim, e diz se gostou ou não. Não é como o Deus Todo-Poderoso da Bíblia, que criou todo o filme, além de ser o personagem principal dele, e nos convidar para participar da história.

Para o teísta aberto, Deus é pego de surpresa, como no caso de Abraão, quando depois deste homem passar no teste de fé, Deus lhe diz: "Agora sei que temes a Deus". Antes ele não sabia. (Gênesis 22:12) Entendem essas expressões literalmente, em vez de um antropomorfismo, ou seja, uma forma humana de Deus se expressar e ensinar-nos como Ele interage com o homem. É o falso deus que deve assistir aos jornais da Globo e da CNN para manter-se atualizado das noticias.

Se este Deus nada transcendente e puramente imanente, preso à nossa realidade, que constrói o futuro conosco fosse real, então para que oraríamos para ele? Para ele sofrer com a gente?

E como o deus do teísmo aberto faz profecias? Ele como que analisaria as possibilidades e faria uma profecia. A maioria se cumpre, mas algumas não, como no caso de Nínive, cidade condenada por Deus através de profecias, mas por ter se arrependido, Deus voltou atrás. Ou seja, em vez de entenderem que Deus já sabia que se arrependeriam, mas quis movê-los ao arrependimento através de uma linguagem profética destinada a todas as nações pagãs que sofreram as punições profetizadas por Deus, preferem crer num deus cujas profecias podem falhar. Fico imaginando esse deus sentado na privada de Baal, fazendo sua palavra cruzada do dia, e dizendo a si mesmo sobre sua profecia não cumprida: "Ih, errei caramba!"

Sobre o inferno de fogo, são aniquilacionistas. O teísta aberto tem um deus que não equilibra amor com justiça, mas o amor dele está acima da justiça ensinada nas Escrituras. Quando a Bíblia diz que "serão atormentados dia e noite, pelo séculos dos séculos", dão a isso as mais incríveis interpretações, como "a morte vai como que atormentar os mortos e para sempre destruídos por toda eternidade".

O deus do teísmo aberto, em outras palavras, é um deus mais fácil de ser explicado, como o das seitas, afinal, adoramos o que conhecemos, dizem. Entendem esse "conhecer" como "explicar". EM vez de ser Soberano, esse deus é um "zé" na história. Argumentam os seus adeptos: "Se Deus se limitou e se fez homem para morrer por nós, por que no seu estado eterno não pode se limitar também? É simplesmente inacreditável que argumentem assim, pois Deus é imutável no estado eterno.

Como todas as seitas que rebaixam a pessoa de Deus, os seguidores do teísmo aberto devem ser reconhecidos como hereges. Defendo que as igrejas genuinamente cristãs devam raciocinar com eles, motivando-os ao arrependimento. Mas se depois de repetidos esforços de ajudá-los a renunciar essa crença não aceitem crer no Verdadeiro Deus, Todo-Poderoso, devem ser excluídos de suas igrejas. É inconcebível que tamanho joio ou fermento conviva em nosso meio, e que os chamemos de irmãos se não creem no mesmo Deus da Bíblia.

Por fim, gostaria que os do teísmo aberto enviassem esse texto por e-mail ao deus deles para ele me dar sua opinião. E não se esqueçam de informá-lo que até eu sei qual é o futuro dele e de seus adoradores: O lago de fogo! 

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